Do pagamento dos Serviços de Ecossistemas prestados pela Infraestrutura Ecológica (IE)
O Público de 29 de junho de 2020, publica sobre a forma de carta aberta uma contribuição para o Plano de Recuperação Económica a apresentar por Portugal à União Europeia.
Essa carta aberta, que é subscrita por académicos, profissionais da área do ambiente e técnicos, está reproduzida na imagem anexa e pode ser lida aqui.
A carta termina a apresentar um conjunto de medidas, que na opinião dos subscritores, deve ser considerada no Green New Deal a celebrar no âmbito da recuperação económica e social da Europa.
De entre as medidas sugeridas, consta esta:
“Estabelecer um sistema de pagamentos dos serviços de ecossistemas prestados pelos proprietários em áreas da Infraestrutura Ecológica (IE)”.
A leitura desta carta, suscita ao autor deste post as seguintes questões:
i) Quando um conjunto alargado de académicos e técnicos da área do ambiente (e também a generalidade da sociedade) considera adequado o pagamento dos serviços de ecossistemas prestados pelos solos rústicos, deve ou não, este rendimento potencial ser considerado numa análise de valor que hoje se faça?
ii) Está correto na avaliação de solos rústicos considerar como receitas apenas os valores que decorrem da produção, tanto mais que em muitos casos é reconhecido um enviesamento na formação do preço dos produtos fortemente determinado pela procura?